Uma classificação saudável!
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- Categoria: o vinho e a saúde
Os benefícios que o vinho traz à saúde são frequentemente estudados, por especialistas no mundo todo. Mas foi da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, no Brasil, que recentemente saiu uma interessante pesquisa.
Esse estudo, realizado no Laboratório de Desenvolvimento de Alimentos Funcionais, analisou um total de 666 diferentes vinhos tintos produzidos na América do Sul, com rótulos brasileiros, argentinos, uruguaios e chilenos, todos com preços abaixo de 50 dólares, e todos monovarietais. Se quiser ler sobre a diferença entre um vinho monovarietal e um vinho de corte, clique aqui.
Com a ajuda do Instituto de Matemática e Estatística da USP, foi desenvolvido um modelo matemático que, através de inúmeros cálculos, envolvendo parâmetros como a capacidade antioxidante e o teor de compostos fenólicos, mede a funcionalidade de cada vinho.
Funcionalidade é a capacidade que um alimento tem de proporcionar benefícios à saúde. Daí o termo “alimentos funcionais”.
Os resultados da pesquisa permitiram classificar os vinhos em 3 categorias: baixa, média e alta funcionalidade. Dentre as cepas avaliadas (Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenère, Tannat, Merlot e Syrah), os melhores resultados apareceram em rótulos de Malbec e de Tannat, produzidos na Argentina, com preço acima de 15 dólares.
Os pesquisadores acreditam em uma utilidade bastante prática para esse estudo. Segundo eles, o modelo matemático desenvolvido pode vir a ser utilizado na criação de um tipo de “selo de qualidade” para vinhos, como forma de diferenciá-los, evidenciando ao consumidor quais têm maior potencial de fazer bem à sua saúde.
A pesquisa, coordenada pela professora Inar Castro, será publicada no prestigiado Australian Journal of Grape and Wine Research.
Se você gostou do assunto, e quer conhecer quais pistas ajudam a identificar os vinhos mais saudáveis, clique aqui!
Como sempre, vale ressaltar: o consumo moderado de vinho traz, sim, inúmeros benefícios à saúde, mas não é indicado para todos. Na dúvida, consulte um médico.
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