O que o rótulo nos conta
- Details
- Categoria: desmistificando
Na leitura correta do rótulo, e também do verso da garrafa, você descobre muito sobre o vinho antes de comprá-lo. São informações que estão lá para ajudar a nossa escolha. Fique atento:
o ano da safra – trata-se sempre do ano da colheita das uvas, e não de lançamento do vinho no mercado. Determinados vinhos só são comercializados anos após a colheita, segundo regras da denominação de origem, ou objetivo específico do enólogo. Mas nem todo vinho é necessariamente safrado. Para ler mais sobre a importância da safra, clique aqui.
a região de origem – vinhos produzidos de acordo com regras estabelecidas em regiões de denominação de origem controlada apresentam essa informação no rótulo, como por exemplo: Bordeaux, Rioja, Vale dos Vinhedos... Para ler mais sobre esse assunto, clique aqui.
o nome da uva – nem todo rótulo informa qual a variedade utilizada para fazer o vinho. Em alguns casos, porque a denominação de origem define isso, como por exemplo, Barolo. Todo Barolo é produzido com a uva Nebbiolo. Mas no Velho Mundo, onde o terroir é considerado mais importante que a variedade, muitas vezes não encontraremos essa informação, salvo exceções como a Alemanha. Nos vinhos do Novo Mundo, em contrapartida, essa é uma prática mais comum.
o teor alcoólico – todo vinho produzido no Brasil, ou importado para comercialização aqui, traz essa informação. Os vinhos que contém menos álcool geralmente são os brancos, nos quais o teor varia de 5 e 14°. Os menos alcoólicos costumam ser, por exemplo, os Moscato d’Asti ou os Rieslings alemães. Chardonnays, ao contrário, apresentam teor mais alto. Os tintos começam na faixa de 12°, com os frisantes Lambruscos e os leves Beaujolais, e entre 13 e 15° estão a maioria dos Cabernet Sauvignon. Os vinhos fortificados, como Porto e Madeira, são os mais alcoólicos, variando de 17 a 21°.
o tipo do vinho – ainda segundo a legislação brasileira, um vinho de mesa e um vinho fino são bem diferentes entre si, pelo tipo de uva que levam, e devem estar devidamente identificados. Para ler sobre isso, clique aqui. Além disso, também existe uma classificação de acordo com a quantidade de açúcar residual do vinho, para diferenciar vinhos secos de suaves, por exemplo, que você pode entender melhor lendo aqui.
a capacidade da garrafa – já reparou que as garrafas de vinho não têm 1 litro, certo? O mais comum é que elas tenham 750 ml de líquido, mas há também outros tamanhos. Para conhecê-los, clique aqui.
Para encerrar, uma curiosidade específica de rótulos de espumantes: a expressão Blanc de Blancs no rótulo identifica um espumante branco produzido somente a partir de uvas brancas, como a Chardonnay, enquanto um Blanc de Noirs é um espumante elaborado somente com uvas tintas, como Pinot Noir. Se quiser ler mais sobre isso, clique aqui.
Pode ser chato ler rótulo de alguns produtos. Talvez seja bem chato ler rótulo de sabão em pó... Mas de vinho? É bem legal, isso sim!
Seguir @tintosetantos Tweetar